sábado, 19 de janeiro de 2013

A Idade das Rochas

A datação absoluta e a datação relativa são dois processos de datação das rochas, permitindo-nos obter uma idade radiométrica ou absoluta e uma idade relativa, respetivamente.
            A datação relativa, como o nome indica, não permite obter uma idade absoluta, isto é, em valores numéricos, mas uma comparação de idades. Pelo contrário, a datação absoluta permite-nos obter um valor numérico para uma determinada idade. Por exemplo, se disseres que o José tem 18 anos e que o Pedro tem 16 anos, estás a efetuar uma datação absoluta, mas se disseres que o Pedro é mais novo do que o José, então efetuaste uma datação relativa.

1.   Idade relativa

A idade relativa, não nos permite determinar um valor numérico para a idade da Terra nem dos seus materiais, permitindo-nos apenas estabelecer relações entre os seus diferentes constituintes.
A datação relativa apoia-se na posição relativa dos estratos (princípio da horizontalidade e princípio da sobreposição dos estratos) e na presença de fósseis de idade (princípio do da identidade paleontológica).

·         Princípio da horizontalidade
Os estratos sedimentares formam-se horizontalmente, isto é, os sedimentos depositam-se horizontalmente.


·         Princípio da Sobreposição dos Estratos




Numa sequência estratigráfica não deformada, um estrato mais recente sobrepõe-se a um estrato mais antigo, o que significa que os estratos serão tanto mais antigos quanto mais profundos se encontrarem  e tanto mais recentes quanto mais superiormente se encontrarem na sequência estratigráfica.







·         Princípio da Identidade Paleontológica

Dois estratos apresentam a mesma idade se apresentarem o mesmo conteúdo fossilífero.


2. Idade absoluta ou radiométrica

A idade radiométrica permite-nos obter um valor numérico para a idade das rochas, determinado em milhões de anos (M.a.). A determinação da idade radiométrica, baseia-se na desintegração de isótopos radioativos naturais. Este facto torna imediatamente limitativa a aplicação deste método de datação a todas as rochas, pois nem todas apresentam na sua constituição mineralógica elementos radioactivos ou, então, possuem-nos numa quantidade muito pequena, o que inviabiliza a sua utilização.
Os átomos iniciais de um isótopo radioativo (isótopo-pai) são instáveis, o seu núcleo desintegra-se espontaneamente, libertando radioatividade, isto é, energia sob a forma de calor e radiações, originando um novo isótopo, o isótopo-filho. Este isótopo-filho é mais estável que o isótopo-pai, ocorrendo a desintegração sempre no sentido de obtenção de isótopos-filhos cada vez mais estáveis.
A semivida corresponde ao tempo necessário para que ocorra a desintegração de metade do número inicial de isótopos-pais de uma amostra, originando isótopos-filhos estáveis. Os valores de semivida obtidos numa determinada rocha, até à atualidade, permitem-nos datar radiometricamente essa rocha.


As rochas magmáticas, ao contrário das rochas sedimentares e metamórficas, são rochas que podem ser sujeitas a este método de datação. As rochas metamórficas e as rochas sedimentares resultam da acumulação e da transformação (diagénese ou metamorfismo) de sedimentos com origens e idades diferentes, o que impede que seja determinada a idade absoluta da sua génese.

Reflexão: Datar as rochas é uma passo importante para a compreensão do passado do nosso planeta uma vez que nos permite, sabendo as condições em que se formam as rochas, compreender as condições associadas a outros tempos. Os fósseis permitem-nos reconstruir ambientes e conhecer espécies que já não existem nos nossos dias.

Fontes: 
http://eportfolio10-bg.webnode.pt/conteudo-programatico/a-geologia-os-geologos-e-os-seus-metodos-/a-medida-do-tempo-e-a-idade-da-terra/
http://blogarciencia.files.wordpress.com/2011/10/5-medida-do-tempo-geolc3b3gico.pdf
http://joanacbt10a.blogspot.pt/2008/10/captulo-3-medida-do-tempo-e-idade-da_17.html
Google Imagens

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